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Sintomas iniciais de ToCV em batata, Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP


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Figura 1. Batata cv. Orchestra, sadia (abaixo) e com ToCV ((acima), 22°52'04.0"S 47°04'46.0"W, Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP, junho 2021. Autor da foto: Dr. José Alberto Caram de Souza Dias, Instituto Agronômico de Campinas (IAC),Centro Experimental Campinas (CEC),Laboratório de Virologia – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade.

Figura 2. Batata cv. Orchestra, com pontuações pardas nas margens do limbo foliar, característico de ToCV, Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP, junho 2021. Autor da foto: Dr. José Alberto Caram de Souza Dias, Instituto Agronômico de Campinas (IAC),Centro Experimental Campinas (CEC),Laboratório de Virologia – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade.



Figura 3. Batata cv. Orchestra, com pontuações pardas nas margens do limbo foliar, característico de ToCV, Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP, junho 2021. Autor da foto: Dr. José Alberto Caram de Souza Dias, Instituto Agronômico de Campinas (IAC),Centro Experimental Campinas (CEC),Laboratório de Virologia – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade.



Figura 4. Batata cv. Orchestra, com pontuações pardas nas margens do limbo foliar, característico de ToCV, Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP, junho 2021. Autor da foto: Dr. José Alberto Caram de Souza Dias, Instituto Agronômico de Campinas (IAC),Centro Experimental Campinas (CEC),Laboratório de Virologia – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade.



Figura 5. Batata cv. Orchestra, com pontuações pardas nas margens do limbo foliar, característico de ToCV, Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP, junho 2021. Autor da foto: Dr. José Alberto Caram de Souza Dias, Instituto Agronômico de Campinas (IAC),Centro Experimental Campinas (CEC),Laboratório de Virologia – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade.



Figura 6. Plantas de Datura metel, indicadora do PVY (pulgões), mas não do ToCV (mosca-branca) nem do PLRV, são cultivadas para monitorar a sua presença. A infecção por PVY ocorrida há umas duas ou três senanas é identificada nesta foto. Somente as folhas apicais mostram clareamento das nervuras, epinastia a leve mosaico. Excelente indicadora  para monitoramento de viroses em campo. As plantas indicadoras, produzidas e levadas ao campo, livres de vírus, ao ficarem expostas durante o ciclo do batatal, auxiliam o produtor e o clínico  a direcionar o laboratorista no processo de diagnose (tipo de vírus a ser testado) na determinação de porcentagens de INFECÇÃO, de DISSEMINAÇÃO (áreas localizadas) do batatal, visando produção e/ou certificação de batata-semente.



Figura 7. Planta Datura stramonium sadia, pela ausência de mosca-branca. As flores devem ser retiradas  a cada visita a campo, para desestimular o crescimento apical, a formação de frutos e banco de sementes no local. Ela é imune aos Potivirus ( PVY all strains) e EXCELENTE indicadora de PLRV e ToCV.



Figura 8. Planta Datura stramonium sadia, pela ausência de mosca-branca. As flores devem ser retiradas  a cada visita a campo, para desestimular o crescimento apical, a formação de frutos e banco de sementes no local. Ela é imune aos Potivirus ( PVY all strains) e EXCELENTE indicadora de PLRV e ToCV.



Figura 9. Flor (copo-de-leite) da Datura metel, indicadora de PVY, herbácea da família Solanaceae, anual ou bienal, de aspecto arbustivo, com até 3 m de altura, com grandes flores em forma de trombeta de coloração branca, violácea ou amarelada. Serve como sentinela, bioindicadora, auxiliando no monitoramento do PVY, particularmente útil no sistema de produção de batata-semente.



Figura 10. Plantas de Datura metel, abaixo sadia e acima com sintomas de PVY, Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP, junho 2021. Autor da foto: Dr. José Alberto Caram de Souza Dias, Instituto Agronômico de Campinas (IAC),Centro Experimental Campinas (CEC),Laboratório de Virologia – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade.



Plantas de batata, cultivar Orchestra, com enrolamento das folhas mais velhas, sintoma inicial de amarelão do baixeiro, causado por Tomato chlorosis vírus (ToCV) (Crinivirus, Closteroviridae), Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP (22°52’04”S  47°04’46”W).  Os sintomas iniciais, enrolamento das folhas baixeiras (Figura 1) e amarelecimento internerval com pontuações pardas nas margens do limbo foliar (Figuras 2, 3 e 4), são muito semelhante aos do virus do enrolamento (PLRV/pulgão). Os sintomas são visíveis somente após 45-50 dias da germinação. A maior intensidade de sol aumenta  a expressão dos sintomas. Nesta foto, a infecção por perpetuação ou do tipo vertical ou vinda na semente fica ilustrada. 

Nos canteiros plantados com broto, a mesma incidência do ToCV foi observada (plantio dos tubérculos desbrotados). Tem se observado alta e crescente incidência de ToCV em amostras de campo plantadas com lotes de tubérculos/batata-semente G-1 ou G-2, nesta  região (Casa Branca, SP).

O enrolamento  das folhas baixeiras são sintomas muito semelhantes aos causados pelo Polerovirus:  enrolamento das folhas, causado pelo Potato leafroll virus (PLRV / pulgão), via perpetuação pela "semente" (transmissão vertical) no caso,  plantio de broto/batata-semente ( G-2). Plantas de Datura stramonium (indicadoras do PLRV e ToCV) estão presentes no mesmo canteiro e não mostraram sintomas de virose. Essas plantas (Datura stramonium), aparentemente sadias,   evidenciam a ausência de transmissão horizontal (vinda de-fora-para dentro, nem internamente, entre os canteiros). ATENÇÃO:  Plantas da espécie Datura metel, indicadoras do Mosaico (Potato virus Y - PVY/ pulgões)  estão  presentes, também, e confirma a presença deste vírus.

A presença do vetor, mosca-branca, na lavoura é uma evidência de se tratar do ToCV. Crinivirus: Tomato chlorosis virus (ToCV / mosca branca).

ToCV é praga quarentenária na Africa (Marrocos (2018), Tunísia (2012)), América (Argentina, A1 (2019)), Ásia (Jordânia, A1 (2013)), Europa (Georgia, A1 (2018)), União Europeia (EPPO, A2 (2002); NAPPO, lista de alerta (2002)) (EPPO Global Databace).

A confirmação por testes moleculares está disponível. 

Literatura

Bello, V. H.; Watanabe, L. F. M.; da Silva, F. B.; Vicentin, E.; Gorayeb, E.; Pavan, M. A.; et al. 2019. Mosca-branca como vetor do vírus responsável pela doença do amarelão no tomate. Revista Cultivar. Disponível em: http://www.grupocultivar.com.br/noticias/mosca-branca-como-vetor-do-virus-responsavel-pela-doenca-do-amarelao-no-tomate. Acesso em: 25.Jun.2021.

Caram Souza-Dias, J. A.; Jeffries, C.; Rezende, J. A. M. & Lima, M. F. 2013. A New Virus Threat To Seed-potato Certification In Brazil: The Whiteflytransmitted Tomato Chlorosis Virus (Genus: Crinivirus). EAPR Pathology Section Meeting on Climate Change/Global Warming: Effects on Potato Diseases/Pests, Jerusalem, 17–21 November 2013. Disponível em: https://www.agri.gov.il/download/files/Caram_Souza_Dias_1.pdf. Acesso em: 25.Jun.2021.

Caram Souza-Dias J. A., Jeffries C., Rezende, J. A. M., Lima, M. F. (2014) A new virus threat to seed potato certification in Brazil: the whitefly-transmitted Tomato chlorosis virus (genus: Crinivirus). Potato Research 57(2), 165-166.

EPPO. 2021. Tomato chlorosis virus (ToCV00) [Overview]. EPPO Global Database. Disponível em: https://gd.eppo.int/taxon/TOCV00. Acesso em: 25.Jun.2021.

Komada, K. M. A. 2018. Efeitos de Tomato chlorosis virus (ToCV) na seleção de plantas hospedeiras por Bemisia tabaci (Gennadius) (Hemiptera: Aleyrodidae). Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-22032019-141536/. Acesso em: 25.Jun.2021.

Sakate, R. K.; Caram de Souza-Dias, J. A.; Pavan, M. A.; Nogueira, A. M. & Giusto, A. B. 2021. Viroses da baticultura. In Batata: desafios fitossanitários e manejo sustentável, ed. Angélica Pitelli Merenda. Disponível em: https://livrodabatata.uplbrasil.com.br/. O download gratuito da obra pode ser feito neste site.

Santos, C. D. G.; D’Ávila, A. C.; Inoue-Nagata, A. K. & Resende, R. O. 2004. Espécies vegetais hospedeiras de begomovírus isolados de tomateiro em Goiás e no Distrito Federal. Fitopatologia Brasileira. 29:450–455 Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0100-41582004000400017.

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How to cite: Feltram, J. C.; Alves, G. M.; Caram Souza-Dias, J. A. 2021. Sintomas iniciais de ToCV em batata, Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP. Agriporticus. Disponível em: http://www.agronomicabr.com.br/agriporticus/detalhe.aspx?id=1992. Acesso em: 25.junho.2021. Instituto Agronômico de Campinas (IAC)/SAA-SP. E-mail correspondências: jose.dias@sp.gov.br