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Fitopatologia para Segurança Alimentar

A Agronômica, parte do Grupo Cotecna, é um laboratório brasileiro líder em diagnóstico fitossanitário. O compromisso do laboratório em ajudar o governo, as empresas e os produtores de alimentos na deteção e identificação precoce de pragas em produtos agrícolas é de importância fundamental na promoção da saúde vegetal e da segurança alimentar.

Entramos em contato com uma das especialistas do Agronômica para obter informações aprofundadas sobre fitopatologia para a segurança alimentar. Biól. Dra. Yuliet Franco Cardoza, Supervisora de Laboratório do Agronômica, responde a todas as nossas perguntas sobre este tema:

Qual é a relação entre a fitopatologia e a segurança alimentar?

As doenças e pragas de plantas influenciam a disponibilidade e a segurança das plantas para consumo humano e animal, reduzem o rendimento das culturas e afetam negativamente a qualidade.

As perdas globais de rendimento das principais culturas devido a agentes patogénicos e pragas podem atingir 30%, com custos estimados em centenas de milhares de milhões de dólares para a economia mundial. São necessárias abordagens eficazes de gestão das pragas e das doenças, incluindo estratégias de gestão dos pesticidas, para prevenir e atenuar com êxito estes problemas. No entanto, a utilização incorrecta de pesticidas pode levar à presença de resíduos nos produtos, comprometendo potencialmente a segurança alimentar. Além disso, a utilização de pesticidas proibidos (mais tóxicos e persistentes do ponto de vista ambiental) continua a ser um problema.

As exposições crônicas de baixo nível a pesticidas, por exemplo através da alimentação, são prejudiciais para a saúde humana e têm sido associadas à depressão e a doenças neurodegenerativas em adultos. Além disso, a exposição durante a gestação e o período pós-natal precoce tem sido associada a um peso inferior à nascença, a uma diminuição da idade gestacional e a toxicidade para o desenvolvimento neurológico que pode conduzir a atrasos no desenvolvimento motor e neurocognitivo das crianças. Além disso, a presença de resíduos de pesticidas nas plantas e no ambiente tem sido associada ao aparecimento de organismos resistentes aos antimicrobianos.

De onde vem a expertise do laboratório Agronômica em testes fitossanitários?

Em 2006, fomos o primeiro laboratório privado do Brasil a obter o credenciamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para atender às demandas de deteção e diagnóstico de pragas em cargas provenientes do trânsito internacional de produtos e subprodutos. A partir daí, o caminho para o sucesso surgiu com a identificação de uma oportunidade de negócio inovadora: a promoção da saúde vegetal.

Somos responsáveis pela identificação e determinação de pragas previstas em acordos bilaterais para adoção de medidas fitossanitárias no trânsito nacional e internacional de produtos agrícolas, além de auxiliar procedimentos rurais e empresas no diagnóstico de doenças no campo. Nosso compromisso não se limita ao cumprimento de normas e legislações: possuímos o mais completo e confiável portfólio de serviços que entregam soluções sustentáveis para garantir a sanidade vegetal.

Como o trabalho do Agronômica contribui para a segurança alimentar?

Atuamos em toda a cadeia produtiva, ou seja, desde a semente até o produto final, aplicando técnicas específicas, sensíveis e precisas para deteção de pragas. Nossas análises incluem controle de qualidade fitossanitário para empresas e apoio aos agricultores para auxiliar na tomada de decisão no controle de pragas em suas lavouras. Quanto mais cedo for efetuada a deteção de pragas, mais cedo podem ser aplicadas medidas, incluindo a prevenção da entrada do agente patogénico numa área livre de agentes patogênicos ou a eliminação do agente patogênico que impede o seu estabelecimento. Isto permite evitar ou reduzir a utilização de pesticidas e contribui para a segurança alimentar.

Outro tipo de análises que realizamos atualmente com uma elevada contribuição para a segurança alimentar são as análises microbiológicas do açúcar. Efetuamos a deteção de Salmonella spp. e coliformes para cumprir os requisitos regulamentares de exportação de açúcar. Como é sabido, estes agentes são um dos mais importantes nas intoxicações alimentares.

Além do controle de qualidade para empresas e processos de exportação, o Agronômica analisa produtos que são importados para o Brasil. Tem algum exemplo da contribuição do laboratório para a segurança alimentar em culturas importadas?

Um exemplo muito interessante é a importação de batata-semente. Como produto inicial, a batata-semente deve estar livre de bactérias, fungos, insetos, nematóides, oomicetos, plantas invasoras, vírus, viróides. Para evitar a disseminação de pragas entre os países, o trânsito internacional de vegetais é regulamentado com base em acordos internacionais, como a Convenção Internacional para a Proteção dos Vegetais (CIPV/FAO), o Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (SPS/OMC), determinações de organizações regionais de proteção fitossanitária, além de acordos bilaterais.

Considerando que o Brasil é fortemente dependente da importação de batata-semente, principalmente devido às suas condições climáticas, predispondo à proliferação de pragas durante todo o ano, a análise da batata-semente é fundamental. As pragas que precisam ser analisadas na Batata Semente importada estão descritas na PORTARIA SDA Nº 617, DE 11 DE JULHO DE 2022, e variam de acordo com o país de origem. É papel do laboratório realizar essas análises e assim contribuir para evitar a entrada de pragas e, consequentemente, para a redução de problemas no campo e na aplicação de produtos químicos.

Como a Agronômica intervém para garantir a segurança alimentar quando a Batata Semente importada é plantada nos campos brasileiros para se multiplicar?

Uma vez em território brasileiro, a IN 32 de 2012 é a mais importante legislação aplicada ao material de propagação da batata, pois estabelece as normas para a produção e comercialização da Batata Semente e seus padrões, visando garantir sua identidade e qualidade. Em relação às pragas, o objetivo é detetar aquelas já presentes, principalmente aquelas com capacidade de preservação no solo. A contaminação do solo com pragas é prejudicial, pois algumas dessas pragas têm a capacidade de infetar várias outras culturas. Este facto leva a uma maior utilização de produtos químicos, aumentando assim o risco de um maior consumo de produtos químicos devido à diversificação de culturas que são infectadas por estas pragas. O serviço de laboratório ajuda a evitar a contaminação do solo.

É interessante mencionar que as batatas e outros vegetais da família das beladonas podem produzir solanina, um composto alcaloide que faz com que as batatas fiquem verdes e tenham um sabor amargo. A produção de solanina por uma planta é um mecanismo químico de defesa contra insectos, doenças e predadores. A solanina, em pequenas doses, é tóxica e pode provocar dores de cabeça, náuseas, vómitos, diarreia e paralisia do sistema nervoso central; em grandes doses pode ser fatal. Por conseguinte, a prevenção das doenças da batata permite também evitar este risco para a segurança alimentar.

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